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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

- DIREITO DE FAMÍLIA - QUESTÕES PROPOSTAS


1. João e Ana pretendem se casar, mas desconhecem as regras acerca do processo de habilitação e celebração do casamento. O casal lhe procura para uma consulta jurídica. Diante disto, assinale a afirmação correta. (1,0)

A) Para requerer a habilitação para o casamento é necessária a presença de três testemunhas, no mínimo, não podendo ser parente dos nubentes.

B) Os proclamas se afixarão nas circunscrições do Registro Civil ou serão publicados na imprensa local.

C) Sabendo-se que Ana tem dezessete anos de idade, ela poderá casar-se quando quiser, independentemente da autorização dos pais ou de decisão judicial, pois já atingiu a idade núbil.

D) Para a celebração do casamento é necessária a presença real e simultânea dos noivos, mas se João não puder comparecer no dia e hora designados, poderá outorgar uma procuração, por instrumento público e com poderes especiais, para seu amigo José lhe representar na celebração.

E) No Brasil a cerimônia no cartório perante o Juiz de Paz é indispensável, não havendo possibilidade da cerimônia de casamento ser presidida por autoridade religiosa.

 

2. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o marido quanto a mulher podem livremente, de acordo com o previsto no CC/2002: (1,0)

A) Prestar aval.

B) Gravar de ônus real os bens imóveis.

C) Fazer doação simples de bens comuns.

D) Vender imóveis.

E) Administrar os bens próprios.

 

3. Acerca dos casos de nulidade ou anulabilidade do casamento, assinale a alternativa correta: (1,0)

A) É anulável o casamento celebrado com vício da vontade.

B) É anulável o casamento de irmãos.

C) É anulável casamento que viole causa

suspensiva da celebração do casamento.

D) É nulo casamento celebrado com procuração revogada.

E) É nulo o casamento nuncupativo.

 

4. Acerca da proteção à pessoa dos filhos e o instituto da guarda, assinale a alternativa correta: (1,0)

A) Atualmente, prevista na legislação brasileira em vigor, temos apenas a guarda compartilhada, sendo que todas as outras espécies de guarda foram revogadas.

B) Guarda compartilhada é a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.

C) Na guarda compartilhada, o convívio com os filhos deve ser dividido de forma igualitária com a mãe e com o pai, dividindo o tempo do menor com ambos os genitores de forma igual.

D) O juiz atualmente é obrigado a fixar a guarda unilateral nas hipóteses de litígio entre os genitores.

E) A guarda compartilhada é proibida no Brasil, pois prejudica o menor na identificação de sua residência.

 

5. Sobre os casamentos especiais assinale a alternativa correta: (1,0)

A) Putativo é o casamento entre duas pessoas viúvas.

B) Obrigatório é o casamento realizado dentro da penitenciária.

C) Nuncupativo é o casamento celebrado pelos próprios nubentes perante 10 testemunhas no caso de risco de morte de um dos nubentes.

D) Nulo é o casamento celebrado com procuração revogada.

E) Putativo é o casamento nulo ou anulável onde um ou ambos os cônjuges estejam e boa-fé.

 

6. Diante dos novos contornos do divórcio e de acordo com EC nº 66/2010, assinale a alternativa correta: (1,0)

A) A EC nº 66/2010 revogou a possibilidade do divórcio extrajudicial.

B) O divórcio extrajudicial não depende de homologação em Juízo para gerar efeitos.

C) Mesmo após a EC nº 66/2010 as modalidades de divórcio continuam sendo direto e indireto.

D) As espécies de divórcio previstas atualmente são: falência, sanção e remédio.

E) A EC nº 66/2010 reduziu o prazo do divórcio para 1 ano de separado de fato.

 

7. Diante dos novos contornos das famílias, especialmente a família baseada na união estável, e de acordo com o CC/2002, assinale a alternativa correta: (1,0)

A) Não será reconhecida a união estável quando ocorrer causa suspensiva ao casamento.

B) O concubinato é a relação não eventual de duas pessoas livres para casar.

C) O regime vigorante na união estável sem contrato escrito é comunhão parcial de bens.

D) O separado de fato não pode constituir união estável.

E) Os companheiros não podem converter a união estável em casamento.

 

8. Acerca dos regimes de bens do casamento previsto pelo CC/2002, 2010 responda os itens abaixo:

I - Indique e explique os princípios fundamentais dos regimes de bens. (1,5)

RESPOSTA: Regime de bens é o conjunto de regras que disciplina as relações econômicas dos cônjuges, quer entre si, quer no tocante a terceiros, durante o casamento. Regula especialmente o domínio e a administração de ambos ou de cada um sobre os bens anteriores e os adquiridos na constância da união conjugal. O Código Civil brasileiro prevê e disciplina apenas quatro a saber: Comunhão parcial, arts. 1.658 a 1.666: - Como acentua o nome, é o regime “comum”, em que não havendo convenção (acordo/negociação), ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará entre os cônjuges quanto aos bens. Nele existem os bens de cada um e os bens comuns que são do casal. Comunicam-se os bens adquiridos onerosamente na constância do casamento.

Comunhão universal, arts. 1.667 a 1.67, no qual se comunicam todos os bens, atuais ou futuros, ainda que adquiridos em nome de apenas um, sendo por esta razão chamados de bens comuns.

O da Participação final nos aquestos, arts. 1.672 a 1.686; regime em que cada cônjuge possui patrimônio próprio, como uma separação de bens, “Aquesto” significa um bem adquirido durante o casamento. E o regime da Separação total de bens, arts. 1.687 e 1.688, no qual cada parte tem seus bens e não se comunicam.

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II - Antônio casado com Maria pelo regime legal (parcial de bens) vendeu um terreno para João durante o casamento sem a outorga de Maria. Responda: O ato praticado por Antônio é válido? Qual é a penalidade? Qual o prazo para arguição do vício? (1,5)

          RESPOSTA: Segundo o Art. 1.647, caput, CC/2002, “Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro [...]”, o que torna inválida a venda praticada por Antônio. Ainda segundo o Código Civil, a falta de autorização torna anulável o ato praticado; e Maria tem até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal, para pleitear a anulação desta transação, art 1.649. 

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