Em função de alguns dicionários da língua portuguesa definirem
administração e gestão como sinônimos – entre eles o “Aurélio”, as palavras “administração” e “gestão” muitas
vezes se confundem. Entretanto sob um olhar mais acurado podemos fazer as
seguintes distinções: Administração é o procedimento que estabelece objetivos e
coordena as ações para que se realizem o que nos leva a deduzir que
administração é em seu âmago a interferência
direta e ampla nos sistemas e procedimentos organizacionais. Já, gestão,
trata de maneira mais específica a interferência das pessoas nos processos
administrativos, de onde se deduz que a mesma pode ser compreendida como o gerenciamento do conjunto de ações e
estratégias nas organizações, de maneira ampla, visando atingir seus objetivos.
À semelhança do proposto por
Chiavenato (2000, p. 191) na esfera eclesiástica existem também alguns
princípios básicos de gestão, a saber: Gestão, competência, eficiência,
eficácia, efetividade, produtividade e mordomia cristã.
Ainda Gabyapud Montosa(2012, p. 35) citando gestão: [...] “é
o exercício da liderança na direção da missão, com o
foco em pessoas, dentro dos princípios e valores que se preconiza, com boas
técnicas e procedimentos, fazendo acontecer os resultados que se tem como alvo [...]”.
A dimensão do coração engloba as
intenções, os reais valores, a centralidade, os reais objetivos pessoais e
coletivos, as paixões, o que realmente amamos, a fidelidade, o caráter. Já a
dimensão do entendimento engloba o como fazemos, as técnicas que usamos, os
hábitos, a observância da lei da gravidade, a prudência, a experiência, a
competência.
Ainda conforme o autor, Gaby
encontrou base para sua afirmação dizendo: “Assim os apascentou, segundo a
integridade do seu coração e os dirigiu com a pericia de suas mãos”(Ryrie, 1991,
p. 748)[1].
Competência:
é o conjunto de conhecimento, habilidades atitudes necessárias para que a
pessoa desenvolva suas atribuições e responsabilidades e deriva das palavras
inglesas; “know-what” – saber o que fazer “Know-how” – como fazer e “Know-why”
– porque fazer; totalizando assim o conjunto de comportamentos que se
diferencia da média. Concluímos daí que gestão por competência é a intenção de
desenvolver pessoas que sejam capazes de praticar no seu dia-a-dia, o melhor de
si. Na Igreja, a aplicação deste conceito é de sua importância.
Na gestão eclesiástica, as atitudes de quem
comanda e dos comandados, devem ser excelentes. Atitudes excelentes produzem
pessoas satisfeitas; e a satisfação caminha lado a lado com a felicidade
possibilitando assim o desenvolvimento pleno do individuo, como resultado do
melhor serviço eclesiástico possível.
Eliel Gaby; Gaby(p.35 a 39) definem
competência, eficiência, eficácia, efetividade, produtividade e mordomia cristã
da seguinte maneira:
Eficiência: É fazer bem e corretamente as coisas.
O trabalho eficiente é bem executado e gera rendimento e efeitos. Eficiência é,
em suma desenvolver bem as coisas, com desempenho. Na igreja o trabalho precisa
ser desenvolvido com rendimento, devendo ser executado da melhor forma
possível.
Eficácia: É a qualidade daquilo que produz o
resultado esperado, ou seja, os objetivos foram atingidos com os resultados
previstos. Na esfera eclesiástica hoje se trabalha com objetivos, metas, alvos
e propósitos.
Efetividade: É o somatório da eficiência e da
eficácia significando fazer a coisa certa de maneira correta. Está baseada na
regularidade, praticidade, durabilidade e constância. Ser efetivo, é ser
regular, não desistindo; acreditando que o trabalho que está sendo realizado,
produzirá os frutos programados.
Produtividade: Contrária ao ativismo religioso
que busca tão somente “mostrar serviço” incentiva os membros da igreja a
produzir bons frutos. O trabalho ou serviço produtivo é aquele que se preocupa
em atingir os objetivos estabelecidos. Todos os departamentos, áreas e setores
da igreja devem ser produtivos.
Mordomia cristã: O Conciso Dicionário de Teologia Cristã define mordomia
cristã como “o manejo responsável dos recursos do reino de Deus que foram
confiados a uma pessoa ou a um grupo”. (MILLARD, 1995, p.109). O termo “mordomia vem do grego “Oikonomo” que
significa administração de uma casa, de onde se deduz que “mordomo
administrador (CHAMPLIN, R. R. – 2011, p. 359, Vol. 04).
Nenhum comentário:
Postar um comentário