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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

1. 2. 6 - OS ATOS DA GESTÃO ECLESIÁSTICA

Em função de alguns dicionários da língua portuguesa definirem administração e gestão como sinônimos – entre eles o “Aurélio”,  as palavras “administração” e “gestão” muitas vezes se confundem. Entretanto sob um olhar mais acurado podemos fazer as seguintes distinções: Administração é o procedimento que estabelece objetivos e coordena as ações para que se realizem o que nos leva a deduzir que administração é em seu âmago a interferência direta e ampla nos sistemas e procedimentos organizacionais. Já, gestão, trata de maneira mais específica a interferência das pessoas nos processos administrativos, de onde se deduz que a mesma pode ser compreendida como o gerenciamento do conjunto de ações e estratégias nas organizações, de maneira ampla, visando atingir seus objetivos.
À semelhança do proposto por Chiavenato (2000, p. 191) na esfera eclesiástica existem também alguns princípios básicos de gestão, a saber: Gestão, competência, eficiência, eficácia, efetividade, produtividade e mordomia cristã.
Ainda Gabyapud Montosa(2012, p. 35) citando gestão: [...] “é o exercício da liderança na direção da missão, com o foco em pessoas, dentro dos princípios e valores que se preconiza, com boas técnicas e procedimentos, fazendo acontecer os resultados que se tem como alvo [...]”.  A dimensão do coração engloba as intenções, os reais valores, a centralidade, os reais objetivos pessoais e coletivos, as paixões, o que realmente amamos, a fidelidade, o caráter. Já a dimensão do entendimento engloba o como fazemos, as técnicas que usamos, os hábitos, a observância da lei da gravidade, a prudência, a experiência, a competência.
Ainda conforme o autor, Gaby encontrou base para sua afirmação dizendo: “Assim os apascentou, segundo a integridade do seu coração e os dirigiu com a pericia de suas mãos”(Ryrie, 1991, p. 748)[1].
Competência: é o conjunto de conhecimento, habilidades atitudes necessárias para que a pessoa desenvolva suas atribuições e responsabilidades e deriva das palavras inglesas; “know-what” – saber o que fazer “Know-how” – como fazer e “Know-why” – porque fazer; totalizando assim o conjunto de comportamentos que se diferencia da média. Concluímos daí que gestão por competência é a intenção de desenvolver pessoas que sejam capazes de praticar no seu dia-a-dia, o melhor de si. Na Igreja, a aplicação deste conceito é de sua importância.
Na gestão eclesiástica, as atitudes de quem comanda e dos comandados, devem ser excelentes. Atitudes excelentes produzem pessoas satisfeitas; e a satisfação caminha lado a lado com a felicidade possibilitando assim o desenvolvimento pleno do individuo, como resultado do melhor serviço eclesiástico possível.
Eliel Gaby; Gaby(p.35 a 39) definem competência, eficiência, eficácia, efetividade, produtividade e mordomia cristã da seguinte maneira:
Eficiência: É fazer bem e corretamente as coisas. O trabalho eficiente é bem executado e gera rendimento e efeitos. Eficiência é, em suma desenvolver bem as coisas, com desempenho. Na igreja o trabalho precisa ser desenvolvido com rendimento, devendo ser executado da melhor forma possível.
Eficácia: É a qualidade daquilo que produz o resultado esperado, ou seja, os objetivos foram atingidos com os resultados previstos. Na esfera eclesiástica hoje se trabalha com objetivos, metas, alvos e propósitos.
Efetividade: É o somatório da eficiência e da eficácia significando fazer a coisa certa de maneira correta. Está baseada na regularidade, praticidade, durabilidade e constância. Ser efetivo, é ser regular, não desistindo; acreditando que o trabalho que está sendo realizado, produzirá os frutos programados.
Produtividade: Contrária ao ativismo religioso que busca tão somente “mostrar serviço” incentiva os membros da igreja a produzir bons frutos. O trabalho ou serviço produtivo é aquele que se preocupa em atingir os objetivos estabelecidos. Todos os departamentos, áreas e setores da igreja devem ser produtivos.
Mordomia cristã: O Conciso Dicionário de Teologia Cristã define mordomia cristã como “o manejo responsável dos recursos do reino de Deus que foram confiados a uma pessoa ou a um grupo”. (MILLARD, 1995, p.109). O termo “mordomia vem do grego “Oikonomo” que significa administração de uma casa, de onde se deduz que “mordomo administrador (CHAMPLIN, R. R. – 2011, p. 359, Vol. 04).


[1]Especificamente no Salmos 78:72

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