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quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
RESUMO
Este estudo de caso tem por objetivo pesquisar se a
gestão administrativa no contexto da Primeira Igreja Batista em Jaciara/ MT,
preenche positivamente sua vocação organizacional numa perspectiva gerencial
visto que a Igreja é, ao mesmo tempo,
organização e organismo. Como organismo ela atua onde reside a atividade fim de
sua existência: a esfera espiritual, evangelizando e anunciando o Reino
de Deusque é a sua razão de ser; e, enquanto
organização desenvolve suas ações secundáriasque diz respeito à estrutura que
permite que a mesma seja vista como instituição integrada ao terceiro setor
agindo social e economicamente falando.
Como organização a Primeira Igreja
Batista de Jaciara têm algumas características e composições formais: É uma
entidade social, devidamente construída de forma legal e com finalidade
filantrópica e assistencial, possuindo um sistema organizacional
administrativo, sujeita as leis e autoridades humanas e é regulamentada por um
estatuto social, isto posto, através de registros vinculadosprocuraremos
compreender um pouco sobre como funciona a forma de administração
e da organização, bem como as relações de poder em torno da gestão eclesiástica
batista jaciarense.
Procurando compreender melhor esta dualidade – organismo
e organização, abordo o conceito da Gestão Eclesiástica, tendo como sub-tema a
Administração Eclesiástica da Primeira Igreja Batista em Jaciara – local onde
se desenvolveu as atividades fruto deste estudo de caso – exibindo suas
características, como por exemplo, fundação, tipo de governo, total de
colaboradores, algumas atividades realizadas, localização e organograma.
As pesquisas foram realizadas via documentação, internet,
jornais e declarações testemunhais. As analises que compõem este estudo de caso
são de referenciais teóricos que tentam conceituar e classificar a Gestão e a
Administração Eclesiástica, com trabalhos já publicados sobre o assunto com
autores como Eliel Gaby e Wagner Gaby, Peter F. Drucker, LorinWoolfe, Idalberto
Chiavenato, Luiz Rogério Nogueira, Josué Campanhã, NemuelKessler e Samuel
Câmara que estabelecem a finalidadeda gestão neste importante segmento do
terceiro setor, como tem revelado ser as instituições eclesiásticas.
Palavras-chave: Gestão.
Eclesiástica.Sociedade.
ABSTRACT
This case study aims to investigate whether the
administration in the context of the First Baptist Church in Jaciara / MT
positively fulfills its organizational vocation a managerial approach, since
the Church is at the same time, organization and agency. Where it acts as a
body to its existence resides activity: the spiritual sphere, evangelizing and
proclaiming the kingdom of God that is their raison d'etre; and as an
organization develops its secondary actions with respect to the structure that
allows it to be seen as an integrated institution for the third sector and
social acting economically speaking.
How organizing the First Baptist Church of Jaciara
have some formal compositions and characteristics: It is a duly constructed
social entity legally and with charitable and welfare purposes, possessing an
administrative organizational system, subject to human laws and authorities and
is regulated by a statute social, this post through linked records will try to
understand a little about how the form of administration and organization
functions as well as power relations around the jaciarense Baptist church
governance.
Looking better understand this duality - organism and
organization, I discuss the concept of Ecclesiastical Management, with the sub
-tema Ecclesiastical Administration of the First Baptist Church in Jaciara -
where the fruit has developed this case study activities - displaying its
characteristics, such as example, foundation, government type, total employees,
some activities, location and organization chart.
The surveys were conducted via documentation,
internet, newspapers and witness statements. The analyzes that make this case
study are theoretical frameworks that attempt to conceptualize and classify the
Church Administration and Management, with papers published on the subject with
authors such as Eliel and Gaby Gaby Wagner, Peter F. Drucker, LorinWoolfe,
IdalbertoChiavenato, Luiz RogérioNogueira, Joshua Campanhã, Nemuel Kessler and
Samuel Hall to establish the purpose of managing this important segment of the
third sector, as has proved ecclesiastical institutions.
Keywords:
Management. Ecclesiastical.Society.
INTRODUÇÃO
A presente monografia constituirá um estudo
de caso cujo objetivo principal é analisar a estrutura organizacional da Igreja
Evangélica denominada Primeira Igreja Batista no município de Jaciara/MT. Para
tanto aplicar-se-á uma; pesquisa de campo, documental e bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica para este estudo de
caso foi realizada por meio de consultas em livros; e por meio de pesquisas na
internet foi possível o acesso a documentos como: mapas, leis, projetos,
reportagens de jornais, revistas, panfletos, fotografias e vídeos, com o
objetivo de aprofundar o conhecimento priorizado nesta produção.
O universo onde será realizado este estudo de
caso será na Primeira Igreja Batista no município de Jaciara/MT, comunidade
religiosa composta por cento e vinte (120) pessoas que goza da condição de
membro com vinculo estatutário.
Em virtude de sua forma de governo, que
determina que todas as decisões tomadas pelos membros estatutários devem ser
oficializadas em assembléias ordinárias ou extraordinárias que representam a
vontade da maioria, devidamente registradas em atas, o exame destes documentos
permite afirmar que o universo pesquisado representa cem por cento (100%).
A
pesquisa técnica aplicada no presente estudo de caso é a Descritiva na qual vou
procurar descrever as características da comunidade local denominada Primeira
Igreja Batista de Jaciara/MT.
1. SEÇÃO: - CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO
1. SEÇÃO: - CARACTERIZAÇÃO DO TRABALHO
1.1
– Objetivos e
Justificativas do Trabalho
1.1.1 –
Objetivo Geral
Contextualizar a Estrutura de Gestão Organizacional na Primeira
Igreja Batista no Município de Jaciara, MT.
1.1.2 –
Objetivos Específicos
• Abordar de forma sucinta a origem da
denominação Batista no exterior, no Brasil e no Vale do São Lourenço;
• Conceituar formas de
governo eclesiástico
• Definir Gestão Eclesiástica;
• Definir Administração Eclesiástica;
• Identificar a estrutura administrativa e
organizacional da Igreja Batista em Jaciara;
• Compreender o trabalho de liderança e sua
relação de poder;
• Identificar as perspectivas históricas da
fundação da Instituição;
Analisar a contribuição para o desenvolvimento
humano e social.
1.1.3 – JUSTIFICATIVA
Para entender o crescimento da denominação Batista no município de
Jaciara, no período compreendido entre 1954 e 2011, este projeto
monográfico procurará recuperar e interpretar a memória religiosa,
organizacional e administrativa dos batistas e a contribuição batista para o
desenvolvimento do município de Jaciara. Percebe – se que existem lacunas
históricas a respeito do trabalho religioso desenvolvido pela Igreja devido a
escassez de fontes primárias. Em sendo assim busca-se compreender com fontes
documentais como se deu a organização e sua administração.
A memória religiosa se confunde em alguns pontos com o trabalho
desenvolvido pela missionária Ann Louise Wollerman, ou Ana Wolerman, como ficou
conhecida a religiosa cujo trabalho desenvolvido em solo jaciarense apresenta
experiências com o sagrado que marcam divisores de fases e temporalidades e que
influenciaram decisivamente na postura ministerial adotada pela comunidade
batista local reunindo assim aspectos da sua gênese e também do seu
desenvolvimento.
Percebe-se que a “Nova História” passou a ter outra ênfase
contextual. Com o auxilio da nova História acreditamos que alguns registros são
importantes para serem estudados para compreendermos um pouco sobre como
funcionava a forma de administração e da organização, bem como as relações de
poder e de recursos humanos diante destas lacunas criadas em torno da gestão
eclesiástica batista jaciarense.
Procurando compreender melhor esta “nova história” abordo o conceito da Gestão Eclesiástica, tendo como sub -tema a Administração Eclesiástica da Primeira Igreja Batista em Jaciara – local onde se desenvolveu as atividades – exibindo suas características, como por exemplo, fundação, tipo de governo, total de colaboradores, algumas atividades realizadas, localização e organograma.
Procurando compreender melhor esta “nova história” abordo o conceito da Gestão Eclesiástica, tendo como sub -tema a Administração Eclesiástica da Primeira Igreja Batista em Jaciara – local onde se desenvolveu as atividades – exibindo suas características, como por exemplo, fundação, tipo de governo, total de colaboradores, algumas atividades realizadas, localização e organograma.
1.1.4 – QUESTÕES FUNDAMENTAIS
A
religião pode ser estudada de diversos ângulos e a partir de diferentes ramos
de conhecimento, que depois podem se complementar, tais como teologia,
sociologia, antropologia, economia e outros. Uma das possibilidades de estudo,
explorada na presente monografia, é perscrutar a religião sob uma visão social
e organizacional, vislumbrando os aspectos da gestão administrativa e,
portanto, distintos dos aspectos relacionados com a fé.
Do
ponto de vista administrativo, essas organizações necessitam de boa gestão
tanto qualquer outra. Somam-se o crescimento patrimonial e a necessidade de
administração dos recursos ao cenário atual, ficando clara a necessidade de
controle em todos os aspectos de gestão.
O presente trabalho tem como objetivo principal contextualizar
como aconteceu a estrutura organizacional administrativa, as relações de poder
e a pratica de liderança na gestão de recursos humanos da Primeira Igreja
Batista em Jaciara/MT. Percebe – se que existem lacunas históricas a respeito
do trabalho religioso desenvolvido pela Igreja devido a escassez de fontes
primárias. Em sendo assim busca-se compreender com fontes documentais como se
deu a organização e sua administração.
O tema desta monografia está diretamente relacionado ao âmbito da
administração desta organização religiosa, daí o termo “Administração
Eclesiástica”, sendo perseguida de forma sintetizada as seguintes linhas de
raciocínio: A conceituação da gestão eclesiástica (dentro da forma de governo
adotada), a Identificação das perspectivas históricas da fundação da
Instituição, a contribuição para o desenvolvimento humano e social e a
tentativa de compreender e estabelecer o trabalho de liderança e sua relação de
poder
Eliel e Wagner Gaby possuem uma visão ampla sobre a Gestão
Eclesiástica e o desenvolvimento macro da Igreja, da adaptação do trabalho do
homem delineando de forma clara o desenvolvimento de bases cientificas para a
adequação das condições de trabalho à realidade local da Igreja como
instituição.
LorinWoolfe relaciona as questões de estratégias e desenvolvimento
pessoal, dando lugar à gestão de pessoas dentro da Gestão Estratégica Pessoal
mostrando de forma clara o desenvolvimento na qualidade de serviços relativas
as condições organizacional da Gestão de Pessoas no trabalho eclesiástico.
1.1.5 –
Questão Problema
A forma de organização e administração da Primeira Igreja Batista
em Jaciara/MT tem correspondido ao seu histórico denominacional; contribuído
positivamente no que diz respeito ao seu tipo de gestão eclesiástica e de que
maneira isto tem refletido na vida religiosa desta Instituição?
1.1.6 –
Questões Hipóteses
O marco do trabalho desenvolvido pela comunidade batista local
reúne em seus aspectos a gêneses de acontecimentos religiosos que foram, e são
resultados de uma pratica administrativa organizacional desenvolvida por
pessoas que tem funções e responsabilidades oriundas da própria forma de
governo eclesiástico e que respeitam hierarquias estruturais para melhor
atender e contribuir com o bem estar de sua comunidade religiosa.
Segundo Sobrinho “toda
estrutura social tende a se perpetuar, indepentendemente das suas razões de
origem. As igrejas não fogem a essa regra. Padrões estruturais de uma
determinada época podem se impor historicamente. (SOBRINHO, 2002, p. 107).
1.1.7 – HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O trabalho Batista em Jaciara começou no ano
de 1.954. Nos meados do ano, o casal Zeferino Pereira do Sacramento e Virgília
Barbosa do Sacramento, atendendo o convite de José Martins e sua esposa,
começaram a se reunir dominicalmente num barraco coberto de pano, no local onde
hoje funciona o Posto Cidade.
Até ser convidado por Zé Martins, Zeferino –
mesmo já sendo batista, veio da Bahia convertido; juntamente com sua família
assistiam e participavam dos cultos que ocasionalmente eram realizados por um
missionário itinerante da Igreja Evangélica Assembléia de Deus. Dona Virgilia
nos contou que ficou surpresa ante o desafio proposto por Zé Martins, cujo
raciocínio foi bastante simples: “Vocês e família, eu, Geralda e nossos filhos,
podemos reunirmos uma vez aos domingos, num trabalho nosso, até que Deus nos
envie outros reforços e um missionário para nos ajudar”. Num domingo, cujo dia
e mês, nem Martins ou Sacramento souberam precisar – só afirmaram que foi “no
inicio do ano, debaixo daquele barraco de lona”; as duas famílias realizaram a
primeira Escola Bíblica Dominical, reaproveitando o material que ainda
trouxeram de suas igrejas de origem.
No inicio do ano seguinte, o casal Olindina e
Francisco de Oliveira, o popular “Chagas”, juntamente com sua família veio
reforçar a Escola Bíblica Dominical aumentando assim o número de crentes
batistas no município.
As três primeiras famílias batistas em solo
jaciarense, resistiram bravamente às lutas e tentações e apesar dos inúmeros
convites que recebiam da parte de “outros crentes de outras igrejas”, se
mantiveram firmes e tocaram o trabalho sem até então receber a visita de
qualquer missionário ligado à Convenção Batista Brasileira.
1.1.8 - A CHEGADA E O TRABALHO DO PRIMEIRO MISSIONÁRIO
![]() |
Ana Wollermen |
No final do ano de 1.956, o casal Zeferino e
Virgila receberam a primeira visita da Missionária Ana Wollermen.
A partir da chegada da missionária, o trabalho
tomou outro rumo. Começou a crescer e a casa dos Sacramentos já não cabia os
novos convertidos. Com bastante trabalho e muita dedicação, a missionária
Wollermen conseguiu levantar recursos junto à comunidade americana e no terreno
doado pela companhia CIPA, começou a construção do templo sede, que
posteriormente sofreu pequenas modificações na sua estrutura física.
O templo Batista, tal como o conhecemos, foi
edificado em 1.957. Para sua construção, a missionária Wollermen conseguiu
levantar recursos junto à Junta do Richmond -EUA. Dado a urgência de se ter um
local próprio para os cultos, a construção foi empreitada a Zeferino Sacramento,
que trabalhava como pedreiro. Na época, foi eleito então o primeiro vice –
moderador da Igreja Euclides de Carvalho, exercendo o cargo nos anos seguintes,
José Martins e o próprio Zeferino.
Missionária zelosa e prestativa, Ana Wollermen
sentiu logo a necessidade de também ajudar a comunidade jaciarense de outras
formas além da evangelização. Graças a este sentimento, três anos após a
inauguração do templo, a Igreja Batista em Jaciara inaugura a primeira escola
evangélica da região. Na área educacional na época, existiam as escolas do
Brilhante (no local denominado com o mesmo nome) e a municipal, onde hoje
funciona a Escola Estadual de Ensino Fundamental Prefeito Artur Ramos.
Segundo relato do ex-prefeito jaciarense,
Ramon Itacaramby (*15/04/31 - +25/02/2005); foi de Ana Wollermen o primeiro carro que rodou
pelos carreadores jaciarense.
Segundo testificou Ramon, “várias vidas foram salvas graças à prontidão
com que a missionária sempre se dispunha em atender os doentes que precisavam
ser transportados para fora da currutela”, afirmava ele.
Estas e outras ações praticadas pela
missionária Wollermen transformaram - na numa espécie de referência do trabalho
evangélico realizado na cidade. Mais de quarenta anos após ter deixado a
comunidade, a missionária Ana, ainda é lembrada e sua memória referenciada como
um verdadeiro vaso de benção nos anais da história jaciarense.
1.1.9- O
Desafio da Continuidade do Trabalho.
Depois da partida da missionária Ana Wollermen,
vários pastores passaram pelo campo jaciarense, cada um deixando a sua marca
pessoal, porém procurando continuar de maneira digna e proveitosa a obra
batista que Deus instalou neste local.Atualmente, agosto de 2014, a igreja é administrada
pelo Pastor Gercioni Oliveira.
1. 1. 10 - JOSÉ MARTINS: UM PIONEIRO DA FÉ
![]() |
José Martins e sua esposa Geralda |
José Maria Martins nasceu na cidade de
Canta Galo, Rio de Janeiro em 1918. De lá se mudou para Martinópolis/SP,
chegando a Jaciara nos idos de 1.954. Animado pelas perspectivas de uma vida
melhor, juntamente com sua esposa e filhos, escolheu a então Gleba São Nicolau
– depois Jaciara, para aqui se estabelecer.
Homem de fé e compromissado com Deus,
assim que chegou sua primeira preocupação foi procurar os possíveis crentes
batistas na região. Fruto desta busca, conforme relato do casal Sacramento foi
a oficialização do trabalho Batista na região que começou no mesmo ano em que
José Martins e sua família chegaram, pois atendendo o convite de Martins e sua
esposa, as famílias, Martins e Sacramento começaram a se reunir dominicalmente
num barraco de pano, no local onde antigamente funcionava o Posto Shell, hoje
Cidade.
Trabalhador e de têmpera, José Maria
Martins começou trabalhando numa pequena propriedade adquirida da CIPA.
Posteriormente começou a comprar produtos hortigranjeiros produzidos na região,
como galinhas, milho, arroz e derivados de leite (que até então eram feitos de
forma artesanal) e os revendia na feira do Porto, em Cuiabá. Ainda hoje se
encontram velhos companheiros de jornadas, que acompanharam Zé Martins em seu
caminhão, quer seja numa carona para a capital, ou então a exemplo do
proprietário do veiculo, para também vender alguns de seus produtos na “grande
cidade”.
Depois da compra e venda na capital,
Martins estabelece uma pequena padaria, que a exemplo de seus outros
empreendimentos, era tocada pela família. Dai começou um pequeno comércio que
mais tarde deu origem ao Supermercado Martins.
Pai de cinco filhos e cinco filhas,
ainda encontrou tempo e lugar em casa para abrigar mais duas filhas adotivas.
Com dezesseis netos e quatro bisnetos, uma das lembranças marcantes na vida dos
filhos foi o cuidado que o pai sempre teve com as coisas de Deus e com sua vida
espiritual. Enquanto a esposa era viva, cabiaa ela todo dia pela manhã, antes
de se servir o café, a nobre tarefa da leitura bíblica para o culto doméstico.
Posteriormente, com o seu falecimento, Zé Martins continuou reunindo os filhos
e então cabia aos que sabiam ler, proceder a leitura de forma alternada da
Santa Escritura, uma lembrança que até hoje os filhos mais velhos guardam com carinho.
Pela dedicação à família e à causa de
Deus em Jaciara, os filhos de José MArya Martins podem dizer hoje semmedo de
errar que “grandes coisas fez o Senhor Deus” por este servo, que enquanto pôde
e soube escolher, escolheu servir e honrar ao Deus todo poderoso.
José Maria Martins descansou no Senhor
dia 18 (dezoito)de setembro de 1998 (hum mil, novecentos e noventa e oito).
In – memoriam: *18/ 09/ 1918 +18/ 09/ 1998.
1.1.11 – VISÃO, MISSÃO E PROPÓSITO
A IMPORTÂNCIA DA VISÃO
Uma Igreja que não é capaz de compreender o
motivo da sua existência, da sua meta e do seu objetivo, pode ser comparada a
uma terra árida que não produz vida ou a uma folha seca que é levada por
qualquer vento de ensinamento ou doutrina.
A Igreja deste século precisa urgentemente
voltar-se para Deus em busca da visão, do propósito que Ele tem para ela,
dentro de um contexto sócio-econômico e cultural na qual está inserida, para
que não venha tornar-se infrutífera.
Encontramos em Provérbios 29.18 um alerta
dizendo que não havendo profecia o povo se corrompe. E profecia neste versículo
é a tradução da palavra hebraica hazon que literalmente significa visão - no
sentido de se ter uma meta, um propósito dado por Deus.
“Não havendo profecia, o povo perece; porém o
que guarda a lei, esse é bem-aventurado” .Provérbios 29:18
A VISÃO
Transformar o mundo através do poder do amor
de Cristo Jesus, para a glória de Deus Pai.
Ser uma igreja bíblica, informal,
contextualizada, ágil e transparente em suas ações, e que valoriza pessoas
acima de estruturas ou programas.
A MISSÃO
Alcançar as pessoas da cidade de Jaciara e
região com o Evangelho de Cristo, valorizar a família e a comunidade local pela
responsabilidade social, agregando os valores contidos na Palavra de Deus
através dos propósitos bíblicos vividos na Primeira Igreja Batista em Jaciara.
O PROPÓSITO
O propósito da Igreja Batista em Jaciara é
glorificar a Deus discipulando todos os povos. Ela existe para ALCANÇAR pessoas
não salvas para Jesus, unindo-as a outros cristãos a fim de COMPARTILHAREM da
fé e, continuamente, CRESCEREM espiritualmente.
Durante essa caminhada da vida cristã, a
igreja os ajudará a DESCOBRIREM seus dons e talentos para juntos GLORIFICARMOS
a Deus numa maravilhosa comunhão e adoração na grande congregação.
ALCANÇAR é a nossa palavra-chave para
EVANGELIZAÇÃO
COMPARTILHAR é a nossa palavra-chave para COMUNHÃO
CRESCER é a nossa palavra-chave para
DICIPULADO
DESCOBRIR é a nossa palavra-chave para
MINISTÉRIO
GLORIFICAR é a nossa palavra-chave para
ADORAÇÃO
OS VALORES
A = Anunciar o evangelho
M = Mostrar o amor de Deus através do nosso
amor para com o próximo
O = Obedecer aos mandamentos e ordenanças
Divinos
R = Regularmente andar com Deus
terça-feira, 30 de dezembro de 2014
1. 2 –REFERENCIAL TEÓRICO
Na tentativa de discorrer sobre Gestão e Administração Eclesiástica e
levando em consideração a finalidade deste trabalho, faz - se necessário
inicialmente entender qual é o significado do termo gestão. Para tanto serão
utilizados alguns trabalhos já publicados sobre o assunto. Autores como Eliel e
Wagner Gaby, Peter F. Drucker, Lorin Woolfe, Idalberto Chiavenato, Luiz Rogério
Nogueira, NemuelKessler e Samuel Câmara nos conduz a um tema que para os
gestores é de suma importância,especialmente porque eles com segurança
estabelecem a finalidade da gestão num importante segmento, do terceiro setor,
como tem revelado as instituições eclesiásticas.
Neste sentido Eliel Gaby e Wagner Gaby
possuem uma visão ampla sobre a Gestão Eclesiástica e o desenvolvimento macro
da Igreja, da adaptação do trabalho do homem delineando de forma clara o
desenvolvimento de bases cientificas para a adequação das condições de trabalho
à realidade local da Igreja como instituição. (Gaby; Gaby, 2012pags. 03 - 88).
Os autores Nemuel Kessler e Samuel Câmara
relacionam as questões de estratégia e desenvolvimento pessoal, dando lugar à
gestão de pessoas dentro da Gestão Estratégica Pessoal, mostrando o
desenvolvimento na qualidade de serviços, relativos às condições
organizacionais da Gestão de Pessoas no trabalho eclesiástico. (Kessler; Câmara,
2012 pags. 03 - 256).
Segundo Woolfe (2009pags.
118 - 137), a Gestão está presente em todas as áreas
desenvolvidas pelo ser humano, mostrando para os administradores a importância
da organicidade nas empresas e/ou instituições à forma como deve ser usada.
Para Nogueira
(2009 pags. 03 - 195), a Gestão Eclesiástica
deve levar em conta os benefícios da Gestão Pessoal e os seus benefícios tanto
para a Instituição quanto para o trabalhador voluntário ou agregado de outras
formas. Levar em consideração a concepção dos membros sobre suas condições de
trabalho e que para transformá-la positivamente, é preciso agir na
conscientização de como realizar determinadas tarefas de maneira a evitar a
improdutividade e a insatisfação pessoal produzindo o máximo de si mesmo em
cumprimento à sua ideologia.
Todos os fatores que
proporcionam a criação de uma organização tais como, eficiência, eficácia e
perenidade devem estar presentes na instituição eclesiástica para que a mesma
sobreviva. Para Cyro Bernardes e Reynaldo C. Marcondes (2003pags. 03 - 264) a
organização tem que ser eficaz no sentido de produzir bens e prestar serviços
que supram as metas das pessoas pertencentes a segmentos da sociedade e
identificáveis como sendo os clientes da organização; ser eficiente no sentido
de aproveitar os recursos escassos provindos da sociedade – como
matérias-primas, informações e até o tempo com o mínimo de retrabalhos e
desperdícios; e finalmente ser perene no tempo e, por isso, capaz de
desenvolver-se no sentido de melhorar seu desempenho e, se possível e
conveniente, crescer aumentando e aperfeiçoando seus produtos.
1. 2. 1- CONCEITO - ADMINISTRAÇÃO
O termo
“administração” vem do latim ad (direção,
tendência
para) e minister
(subordinação ou obediência)
e serve para designar o desempenho
de tarefas
de direção dos assuntos
de um grupo. “No grego,
diakonia, gerenciar, distribuir como mordomo (Ryrie, 1991 p. 1465). O termo “administração” aponta para o ofício público e para a execução
deste ofício (Ryrie, 1991 p. 1447).
Tem o sentido de “aliviar”, ministrar, (Ryrie, 1991 p. 1466). A raiz da palavra é a idéia de prestar serviço,
espiritual ou materialmente falando”. (CHAMPLIN,
2011. p. 43).
O conceito de Administração é bastante amplo,
mas de todas
as definições
a de Fayol, citado por Chiavenato (2000,
p.86) é a que melhor define o que é a Administração Moderna. Para Fayol as
palavras chaves “medida, ponderação e bom senso” afastam toda a idéia de
rigidez, “porquanto nada existe de rígido ou de absoluto em matéria
administrativa”.Segundo Chiavenato (2000, p.
202)ainda podemos definir o ato de administrar como: Planejar, organizar,
dirigir e controlar quando o assunto é gerenciamento
e organização, ensinando que “Administração” é o processo de planejar,
organizar,liderar
e controlar o trabalho dos membros da organização,
e de usar todos os recursos
disponíveis
da organização para
alcançar
os objetivos definidos.
Os objetivos básicos
da administração são requisitos prévios para determinar qualquer curso de ação
e devem ser definidos com clareza para que sejam compreendidos por todos os
envolvidos no ao especifico de administrar.
Ela nasceu com a
humanidade e se estende ao mesmo tempo a todos os âmbitos onde esteja o
espírito empreendedor ou gestor do ser humano e pelo seu caráter universal, a
encontramos presente em todas as partes, ou seja, aonde exista um organismo
social, ali também estará presente a administração.
Essencial em
toda comunidade organizada, a
administração é, sobretudo a ação
de dirigir o bom andamento
dos propósitos estabelecidos. Nesse caso,o administrador tem que acompanhar
os objetivos propostos
pela
Instituição e transformá-los em
ação através de
planejamento,organização,direção e controle
de todos os esforços realizados
em todas as áreas e
em todos
os níveis afim de atingir os objetivos prepostos.
Dentro do conceito universal, em que pese todas as
parafernálias criadas pelos setores públicos e privados, o terceiro setor, no
qual se enquadra a Igreja e outras instituições sem fins lucrativos desde há
muito vem recebendo os luminares dos vários segmentos da gestão, sempre
abordados de forma geral e inespecíficos levando os gestores a montarem verdadeiros
quebra cabeças vez que a proeminência da administração mais parece uma arte de
guerra no moderno campo de batalha travado entre os vários filósofos e
enxadristas da administração geral.
Para Herrera, citado por Eliel Gaby; Gaby:
[...] Considera também que esta
visão estratégica de administração, de forma estruturada, sistêmica ou
intuitiva, consolida um conjunto de princípios, normas e funções para alavancar
harmonicamente o processo de planejamento da situação futura desejada da empresa
como um todo e seu posterior controle dos fatores ambientais, bem como a
organização e direção dos recursos de forma otimizada com a realidade ambiental
e com a maximização das relações pessoais. (GABY; GABY, 2012, p. 21).
1. 2. 2– A ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA
Para que possamos ter uma melhor compreensão do
que seja administração eclesiástica, temos que entender claramente os
princípios básicos da administração num todo. Para tanto recorro a Idalberto
Chiavenato, que afirma:
De um modo geral, aceita-se hoje o planejamento, a
organização, a direção e o controle como funções básicas do administrador.
Essas quatro funções básicas – planejar, organizar, dirigir e controlar –
constituem o chamado processo administrativo [...]. (CHIAVENATO, 2000, p. 191).
Seguindo o raciocínio de Chiavenato, distribuímos
assim as funções básicas administrativa em qualquer empresa ou organização:
Planejar: Estabelece os objetivos da empresa,
especificando a forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro,
desenvolvendo um plano de ações para atingir as metas traçadas. É a primeira
das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das outras
funções. Organizar: É a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam
humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o
planejamento estabelecido.
Comandar e/ ou controlar: Faz com que os
subordinados executem o que deve ser feito. Pressupõe que as relações
hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como
administradores e subordinados se influenciam esteja explícita, assim como o
grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos
definidos. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a
probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas.
Coordenar/dirigir: A implantação de qualquer
planejamento seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a
empresa, almejando as metas traçadas.
Embora possamos adotar alguns princípios da
administração secular, a administração eclesiástica precisa ser norteada por
outras normas, em virtude da sua natureza, visto a Igreja não se confundir com
nenhuma sociedade ou grupo ético. Gabyapud OLIVEIRA (2012, p. 21), define administração eclesiástica como sendo responsável
pela “condução das estruturas institucional, orgânica e comunitária da Igreja,
mediante princípios, normas, funções e procedimentos, com o objetivo de cumprir
seus propósitos biblicamente orientados”.
Podemos conceituar Administração Eclesiástica
como sendo o conjunto de atividades que tem como finalidade precípua
proporcionar a gestão dos recursos (humanos, materiais, financeiros e técnicos)
dentro de uma instituição religiosa (Igreja), visando atingir os objetivos
propostos em seu planejamento. Outro conceito de Administração Eclesiástica
afirma que “Administração Eclesiástica é o estudo dos diversos assuntos ligados
ao trabalho do Pastor, no que tange à sua função de líder ou administrador principal
da igreja a que serve”. (CAVALCANTI, Eudes Lopes)[1].
1. 2. 3- O TERMO BÍBLICO PARA ADMINISTRAÇÃO
A palavra despenseiro (Gr. oikonomos) é encontrada dez vezes no
Novo Testamento. Por vezes é também traduzida por “mordomo” (Ryrie, 1991 p.1294)[2] ou “administrador” (Ryrie, 1991 p.1299)[3], e eventualmente, como
“tesoureiro” (Ryrie,
1991 p.1431)[4] ou “curador” (Ryrie, 1991 p.1477)[5].
A responsabilidade do despenseiro (Gr. oikonomia) é mencionada nove vezes, sendo traduzida por
“administração” (Ryrie, 1991 p. 1299)[6],
“dispensação” (Ryrie,
1991 p.1499)[7] ou “serviço” (Ryrie, 1991 p.1516)[8]. O conjunto de palavras
tem como radicais os vocábulos “casa” (Gr. oikos) e “lei” (Gr. nomos).
No grego clássico, oikonomia significava, originalmente, a gerência
de um lar, e oikonomos denotava o mordomo da casa. No latim,
o termo é oeconomia, de onde se deriva o nosso vocábulo economia.
Despenseiro equivale a ecônomo, originalmente um indivíduo encarregado da
administração de uma casa grande (Ryrie, 1991 p. 873; 1299)[9]
[1]Administrando
a igreja. Disponível em:
http://preudescavalcanti.blogspot.com.br/2010/02/administrando-igreja.html.
Acesso: 04/04/2013 às 14h00min.
[2]
Evangelho de Lucas 12.42
[3]
Evangelho de Lucas 16.1
[4]
Carta aos Romanos 16.23
[5]Carta
aos Gálatas 4.2
[6]Evangelho
de Lucas 16.2
[7]
1ª Carta aos Colossenses 1.25
[8]
1ª Carta a Timóteo 1.4
[9]Cf.
Livro de Isaias 22: 19,21; Evangelho de Lucas 16:1-17
1. 2. 4 - GESTÃO ECLESIÁSTICA
Segundo o Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa,
gestão é “Ação de gerir” (FERREIRA,
1983), ou seja, gerir é “administrar, governar,
dirigir, regular”[1].
Eclesiástica, vem da palavra Eclésia que vem do grego εκκλησία
[ekklesia] e latim ecclesia, que está relacionada à Igreja (CHAMPLIN, R. R. – 2011, p. 252, Vol. 02). Com
base nas informações contidas no Aurélio, deduzimos que, Gestão Eclesiástica é
a arte de administrar uma igreja.
A Igreja por sua vez, é composta por diversas pessoas, na sua
maioria é voluntária, cada individuo com anseios e necessidades próprias,
juntos, vêem na igreja um local onde elas se completam e se satisfazem. Essa heterogeneidade humanística a torna
impar nas suas complexidades.
Além de gerenciar os
recursos humanos, as vidas, que devem estar em primeiro lugar, na Gestão
Eclesiástica se administra os recursos materiais sabendo que toda igreja tem
que pagar conta de água, luz, telefone, e outras despesas,. Como a Igreja é uma
instituição sem fins lucrativos, todo dinheiro que entra em caixa vem da
colaboração dos membros e freqüentadores, e é preciso cuidar bem desse dinheiro
de forma transparente, e de uma maneira sustentável. Por isso a gestão
eclesiástica é praticada de uma forma ampla, sempre buscando inovações, tirando
das pessoas todo o potencial que elas têm e, potencializando-as de maneira que
elas sejam nutridas tanta espiritualmente, como vivendo em um ambiente
saudável, onde possam crescer como seres humanos, e assim contribuir para a
sociedade, e para o Reino de Deus.
[1]Disponível
em: http:/www. dicionAryoaurelio.com/dicionário.php?P=Gerir>. Acessoem
04/04/2013 – 17:10).
1. 2. 5 - FORMAS DE GESTÃO
Para Sobrinho (2002, p. 107 e 108)as
formas de governo eclesiástico não surgem por acaso, nem tampouco são
estabelecidas pelos seus fundadores. De forma geral obedece a imposições mais
ou menos freqüentes, como, por exemplo: as razões doutrinárias, socioculturais,
históricas e estratégicas.
No primeiro caso, a forma de governo surge da interpretação dos
princípios e doutrina em que cada igreja se fundamenta. Ao mesmo tempo, a
manutenção de uma determinada estrutura de poder tende a pressionar a
formulação de doutrinas e regulamentos que a justifiquem e perpetuem. Enquanto
que no segundo caso, as igrejas tendem a absorver formas de governo e padrões
de exercício de poder que estejam dentro do contexto cultural, em que surgem ou
que estão inseridas.
Além disso, como toda a estrutura social tende a se perpetuar,
independente das suas razões de origem as igrejas não fogem a essa regra,
então, os padrões estruturais de uma denominada época podem se impor
historicamente. Por fim, como ultima imposição ou razão, uma igreja pode
assumir um modelo de governo como parte da sua estratégia, visando alcançar,
com maior eficiência, os seus objetivos institucionais.
Segundo Kessler e Câmara (2012, p.
32 e 33) existem três formas especiais e largamente diferentes de
governo eclesiástico, que tem obtido prevalência nas comunidades cristãs
através dos séculos passados, e que continuam sendo mantidas com diferentes
graus de sucesso:
1 -
Episcopal ou Prelática: forma que o poder de governar descansa nas mãos de
prelados, e no clero mais alto; tal como sucede nas igrejas; romana, grega,
anglicana, e na maior parte das igrejas orientais.
2 – A
Presbiteriana ou Oligárquica: forma em que o poder de governar reside nas
assembléias, sínodos, presbitérios e sessões; sendo a forma de governo
eclesiástico das igrejas escocesa, luterana, e nas várias igrejas
presbiterianas.
3 – A Congregacional ou
Independente: forma em que a entidade pratica o autogoverno, pois cada igreja
individual e local se auto-administra mediante a voz da maioria de seus
membros; é a forma governamental que sucede entre os batistas, os
congregacionais, os independentes, e alguns outros grupos evangélicos.
1. 2. 6 - OS ATOS DA GESTÃO ECLESIÁSTICA
Em função de alguns dicionários da língua portuguesa definirem
administração e gestão como sinônimos – entre eles o “Aurélio”, as palavras “administração” e “gestão” muitas
vezes se confundem. Entretanto sob um olhar mais acurado podemos fazer as
seguintes distinções: Administração é o procedimento que estabelece objetivos e
coordena as ações para que se realizem o que nos leva a deduzir que
administração é em seu âmago a interferência
direta e ampla nos sistemas e procedimentos organizacionais. Já, gestão,
trata de maneira mais específica a interferência das pessoas nos processos
administrativos, de onde se deduz que a mesma pode ser compreendida como o gerenciamento do conjunto de ações e
estratégias nas organizações, de maneira ampla, visando atingir seus objetivos.
À semelhança do proposto por
Chiavenato (2000, p. 191) na esfera eclesiástica existem também alguns
princípios básicos de gestão, a saber: Gestão, competência, eficiência,
eficácia, efetividade, produtividade e mordomia cristã.
Ainda Gabyapud Montosa(2012, p. 35) citando gestão: [...] “é
o exercício da liderança na direção da missão, com o
foco em pessoas, dentro dos princípios e valores que se preconiza, com boas
técnicas e procedimentos, fazendo acontecer os resultados que se tem como alvo [...]”.
A dimensão do coração engloba as
intenções, os reais valores, a centralidade, os reais objetivos pessoais e
coletivos, as paixões, o que realmente amamos, a fidelidade, o caráter. Já a
dimensão do entendimento engloba o como fazemos, as técnicas que usamos, os
hábitos, a observância da lei da gravidade, a prudência, a experiência, a
competência.
Ainda conforme o autor, Gaby
encontrou base para sua afirmação dizendo: “Assim os apascentou, segundo a
integridade do seu coração e os dirigiu com a pericia de suas mãos”(Ryrie, 1991,
p. 748)[1].
Competência:
é o conjunto de conhecimento, habilidades atitudes necessárias para que a
pessoa desenvolva suas atribuições e responsabilidades e deriva das palavras
inglesas; “know-what” – saber o que fazer “Know-how” – como fazer e “Know-why”
– porque fazer; totalizando assim o conjunto de comportamentos que se
diferencia da média. Concluímos daí que gestão por competência é a intenção de
desenvolver pessoas que sejam capazes de praticar no seu dia-a-dia, o melhor de
si. Na Igreja, a aplicação deste conceito é de sua importância.
Na gestão eclesiástica, as atitudes de quem
comanda e dos comandados, devem ser excelentes. Atitudes excelentes produzem
pessoas satisfeitas; e a satisfação caminha lado a lado com a felicidade
possibilitando assim o desenvolvimento pleno do individuo, como resultado do
melhor serviço eclesiástico possível.
Eliel Gaby; Gaby(p.35 a 39) definem
competência, eficiência, eficácia, efetividade, produtividade e mordomia cristã
da seguinte maneira:
Eficiência: É fazer bem e corretamente as coisas.
O trabalho eficiente é bem executado e gera rendimento e efeitos. Eficiência é,
em suma desenvolver bem as coisas, com desempenho. Na igreja o trabalho precisa
ser desenvolvido com rendimento, devendo ser executado da melhor forma
possível.
Eficácia: É a qualidade daquilo que produz o
resultado esperado, ou seja, os objetivos foram atingidos com os resultados
previstos. Na esfera eclesiástica hoje se trabalha com objetivos, metas, alvos
e propósitos.
Efetividade: É o somatório da eficiência e da
eficácia significando fazer a coisa certa de maneira correta. Está baseada na
regularidade, praticidade, durabilidade e constância. Ser efetivo, é ser
regular, não desistindo; acreditando que o trabalho que está sendo realizado,
produzirá os frutos programados.
Produtividade: Contrária ao ativismo religioso
que busca tão somente “mostrar serviço” incentiva os membros da igreja a
produzir bons frutos. O trabalho ou serviço produtivo é aquele que se preocupa
em atingir os objetivos estabelecidos. Todos os departamentos, áreas e setores
da igreja devem ser produtivos.
Mordomia cristã: O Conciso Dicionário de Teologia Cristã define mordomia
cristã como “o manejo responsável dos recursos do reino de Deus que foram
confiados a uma pessoa ou a um grupo”. (MILLARD, 1995, p.109). O termo “mordomia vem do grego “Oikonomo” que
significa administração de uma casa, de onde se deduz que “mordomo
administrador (CHAMPLIN, R. R. – 2011, p. 359, Vol. 04).
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